segunda-feira, 7 de março de 2011

Chorar pra mim é quando aquele amor gostoso, aquele amor que te fazia sorrir vai embora. Não embora do peito, mas embora das mãos, embora dos lábios, embora do toque. De que adianta amar sem sentir o afago quente no abraço, a mão na cintura, o aperto na nuca, o arrepio da mordida na orelha? Só resta as lárgimas, só fica o aperto, o choro recolhido atrás da porta pra ninguém ver, a fungada de nariz baixinha pra ninguém zombar desse seu amor bobo. Bobo nada! Não está nas mãos, mas ainda vive no coração, na mente, se sente ainda o cheiro, a mordida na nuca, o toque dos lábios, a mão respeitosa no joelho, o beijo na testa. E o choro vem e as lágrimas percorrem pela lembrança e vai levando aos poucos tudo que aquele amor gostoso deixou pra trás.

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